"A minha participação no GEPE define-se facilmente. Foi um “abrir de olhos”."

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A minha participação no GEPE define-se facilmente. Foi um “abrir de olhos”.
Em Julho de 2012 fui informado pela empresa onde trabalhava, que devido à falta de encomendas, que estavam a prever mandar os funcionários para layoff. Em Novembro recebi a confirmação que seria dispensado no final do ano. Nessa altura fui à procura de informações sobre ajudas na procura de emprego e encontrei o GEPE. Inscrevi-me nessa altura, e ainda bem que o fiz uma vez que efectivamente fiquei desempregado no final de Dezembro.

 


Não foi fácil. Lembro-me que em Janeiro sentia-me perdido sem saber o que fazer e como fazer. De qualquer modo já no inicio de Janeiro comecei a fazer voluntariado na Refood (não gosto de estar parado) e em Março entrei para o Gepe de Campolide.
Para ser sincero as minhas espectativas eram um pouco “um grupo de pessoas à roda de uma mesa a trocar ofertas de emprego”. Mas graças a Deus que estava redondamente enganado.
Senti que estava num grupo em que o mais importante era a entreajuda. Em que as animadoras faziam de tudo para nos “puxar para cima”. E em que os outros elementos do grupo também não dos davam tréguas (no bom sentido).
Para terem uma ideia da importância do Gepe para mim, a segunda-feira passou a ser o melhor dia da semana!
Com o decorrer das sessões e dos contactos com o Ipav (Cristina e Brenda simplesmente “fantabulásticas”!) fui percebendo que havia mais para além da vida que o trabalho. Havia a entreajuda. Descobri formações fantásticas das quais destaco sem qualquer sombra de dúvida a “História do Futuro” que fiz em Maio.
Lembro-me de entrar para a “História do Futuro” meio desconfiado. Ao final da primeira manhã percebi que era a sério. E a doer! E ainda bem, porque descobri tanto sobre mim. Costumo dizer que não aprendi nada que já não soubesse. O que aprendi foi descobrir essas competências, nomeá-las e aprendi ferramentas práticas e muito uteis para o dia a dia.
E fiquei pasmado quando me começaram a perguntar de que grupo eu era animador. E eu que tinha entrado com aquela ideia do “coitadinho” percebi que não era assim que as pessoas me viam.
E mais pasmado fiquei quando me convidaram para animador do Gepe do Campo Pequeno. Ok, vou confessar, não fiquei pasmado porque senti que tenho competências para tal (influência da História do Futuro).
Actualmente entre a Refood e a colaboração com o Gepe sinto-me útil, sinto que estou a devolver muito do que recebi. Gosto de ajudar as pessoas. Gosto de “pica-las” e vê-las reagir. Gosto de vê-las atingir os seus objectivos, e se eu tiver dado nem que seja uma pequena ajuda, tenho o dia ganho!
E o Gepe faz-me sentir que tenho dia ganho.
E se querem sentir o mesmo desafio-vos a ver o vídeo sobre o 1º Congresso Gepe. E ouçam bem o que diz o mentor deste projecto Dr. Rui Marques a quem desde já agradeço.

Bernardo Gomes