“Desde os Descobrimentos que somos um País de empreendedores. Hoje continuamos a reunir todas as condições para sermos superiores nesta área.” Foi a principal ideia referida pelo Dr. Luís Filipe Costa, Presidente do IAPMEI, no I Forum Alpha - Inovação e Empreendedorismo.
Dia 13 de Janeiro ocorreu este evento, organizado pelo ISLA em estreita parceria com a FLAD – Fundação para o Desenvolvimento, e foi um enorme sucesso. Nas diversas intervenções os oradores deixaram bem claro que os estudantes portugueses têm um enorme potencial para se lançarem em iniciativas e negócios próprios e que devemos enfrentar a crise como um desafio, aproveitando-a como uma oportunidade.
O Dr. Tawfiq Rkibi, Director do ISLA, deu as boas vindas aos participantes e explicou que o objectivo do Fórum era convergir os interesses académicos com o meio empresarial. Ao longo da sessão, uma das mensagens transmitida foi que as empresas nacionais e as ideias de negócio devem ser orientadas para um mercado externo, de forma a colocar Portugal num papel competitivo internacionalmente. Também o Professor Paul Jerde, Director Executivo do Centro de Empreendedorismo da Colorado University, acredita nos estudantes, na sua criatividade e talento, e reforça que o futuro é a colisão entre diferentes pessoas, com diferentes talentos e diferentes conhecimentos.
No 1º painel estiveram presentes a ANJE, a Dot One e a DEM2, à volta do tema "Criação de Negócios e Gestão da Inovação". Luís Ferreira Lopes, editor de Economia da SIC e Docento do ISLA-Lisboa, como moderador dos debates, explicou que "apesar da crise, a economia portuguesa cresceu 1,3%. Há esperança, há casos de sucesso, sobretudo nas exportações". Os oradores incentivaram os jovens presentes a levar os seus sonhos, ideias e projectos em frente. No actual modelo económico, assente no consumo, é essencial "empreender e inovar para vencer a crise", refere o Dr. Francisco Maria Balsemão, presidente da ANJE.
Será a assinatura "Made in Portugal" credível ou pelo contrário degradada? Foi uma questão também discutida pelos oradores. O Dr. José Inglês, CEO da Filkmen, defende que "Portugal é viável" e que temos que ser ousados, porque "se formos realmente os melhores em algo (como a Filkmen é em fios de pesca) então somos competitivos em variadíssimas vertentes". O Dr. André Macedo, CEO da Actual Sales corrobora afirmando que "Se querem conquistar o mundo, e isso é possível, apostem em grandes ideias."
Empreendorismo está relacionado com risco, desafios, dificuldades...Porque nada na vida é fácil. "Nem respirar é fácil para uma pessoa com asma" comenta Aurélio Ferreira, COE da DEM2, principal exportadora de cadeiras e moldes a nível mundial. É preciso perseverança, resistência às frustrações, motivação e optimismo, para enfrentar as situações menos fáceis. Os jovens empreendedores devem perceber que tudo implica trabalho e que as coisas não vão correr bem à primeira tentativa, talvez nem à segunda. Não basta ter a ideia ou sonho, é essencial termos ambição para executa-la e principalmente a nossa ideia deve criar impacto.
Para isso, os jovens não estão sozinhos e contam, já com várias entidades que se disponibilizam para apoiar e incentivar financeiramente projectos e ideias inovadoras. O IAPMEI, o FNABA e a APBA são iniciativas privadas que, com algum financiamento público, dão projecção e financiam iniciativas empreendedoras, com vista em contribuir para o crescimento de uma economia vigorante e inovadora. A verdade é que este tipo de projectos consegue gerar novos postos de trabalho e riqueza económica para o País. A AICEP também se ofereceu como mediadora e facilitadora de relações entre o mercado e interesses nacionais e o mercado externo.
Foi neste sentido que se desenvolveu toda uma certeza: é essencial capacitar os jovens para vencerem os desafios, ou melhor, educar para o empreendedorismo. Esta educação deve vir desde o secundário, ou mesmo desde a primária. Os jovens devem crescer com este espírito dentro deles e trabalhar, sempre, para a excelência. A mensagem final, numa jornada de trabalhos já avançada na hora, relembra que os jovens portugueses têm que acreditar na mudança e ter esperança na mudança.