GEPE - Grupos de Entreajuda na Procura de Emprego

 

Fundação Montepio Câmara Municipal de Lisboa IPAV

"Nunca perdi a esperança de voltar ao mercado"

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Chamo-me Paulo Salgado e nasci em 1974 (ano de esperança para muitos, precisamente o que nos falta agora...).

 

Licenciei-me em engenharia mecânica (pois sempre gostei de automóveis) e entrei no mercado de trabalho em 2001, como técnico-comercial de uma empresa representante de equipamentos de Climatização industrial. Não era o que mais desejava, mas era uma oportunidade de começar a trabalhar, ser independente e no futuro, quem sabe, poder mudar de área e entrar no sector automóvel. Os anos foram passando, a experiência no sector a acumular-se, e cada vez era mais difícil mudar de área. Em 2008 veio um convite para ingressar numa startup ligada às renováveis como director comercial. Tratava-se de um sector em franco crescimento e de uma melhoria substancial nas condições salariais. Aceitei o convite, mas a experiência durou pouco tempo. Apesar de ser uma startup (tinha cerca de ano e meio de actividade) a empresa acumulava uma divida avultada e estava com dificuldades de tesouraria. A situação precipitou-se e vários funcionários "abandonaram o barco" - eu fui um deles! Saí para uma concorrente, para as funções de gestor de produto de um equipamento de de climatização solar. Tratava-se de uma solução inovadora e que reunia o melhor dos dois mundos: a climatização, que eu conhecia bem, e a componente renovável que estava em fase com os requisitos do mercado da altura. Entretanto (2011) veio a crise, e com ela as restrições nos financiamentos, os projectos a abrandar, o sector da construção a decaír, e a empresa a definhar. Em Outubro de 2012 estava desempregado.

De início foi estranho, pois reagi bem melhor do que pensava, talvez porque tivesse a esperança de arranjar emprego rápidamente. No entanto a realidade era outra. O mercado de trabalho estava em forte contracção e o sector onde possuía experiência, alavancado na construcção, também. Restava continuar a tentar: respostas a currículos, almoços com ex-colegas, algumas entrevistas, mas nada de concreto. Algumas ideias de negócio pelo meio, colaborações pontuais em algumas empresas com vista a valorizar-me e manter-me actualizado, mas sem "consistência" para se materializarem. Por outro lado não sou propriamente um empreendedor, pelo que, de alguma forma, a ideia assustava-me um pouco. Apesar do contexto adverso, confesso que nunca perdi a esperança de voltar a mercado, e, por isso, nunca desisti de apostar em novas iniciativas: o GEPE foi uma delas.

Um grupo novo que se destinava a animar grupos de desempregados, constituído por...desempregados. Parecia-me mais uma oportunidade a explorar. Confesso que não sabia bem o que esperar, mas fui à primeira reunião, e gostei! Voltei na reunião seguinte, mas depois foram as férias e só um mês depois regressei aos encontros. Frequentei a workshop Historia do Futuro - a qual me devolveu alguma dinâmica entretanto adormecida, e, pouco tempo depois, fui contactado para uma entrevista de emprego cujo currículo tinha enviado uns meses antes. Curiosamente, quem me deu o contacto de um responsável da empresa para a qual enviei o currículo foi um membro do GEPE, na minha primeira reunião com o grupo....

 

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